Uma pergunta saltou-me no cérebro como um grão de milho acabado de fritar. POP.

Depósito de ideias fragmentadas em pedacinhos infinitamente pequenos, diferen/tes/ciais e integr/ados/ais.
O que eu gosto mesmo é de cartas de amor. Gosto de imaginar que a tinta que sai do bico da caneta e se espalha por mais um milímetro de papel à volta, dissemina o sentido da palavra escrita por um espaço superior ao que ela ocupa. Gosto da carta de amor datada, que comece com um epíteto doce e termine sem um post scriputm que demonstre que alguma coisa só foi lembrada à ultima hora. Gosto da carta de amor que surpreende, que faz flutuar o sentimento por entre as vírgulas e no identar de cada parágrafo, que em vez de um chapéu faça ver o elefante dentro da cobra. Gosto de cartas de amor com pontos finais firmes e convictos que combinem na perfeição a continuidade do que se sente. Gosto da ideia de se escreverem cartas de amor ainda que não sejam para ninguém.
(...)
Amo-te em círculos, porque não sei onde começa nem sei onde acaba. Só sei que procuro por ti e acabo sempre por te encontrar cá dentro no sangue, porque te respiro e te sinto como se só isso me bastasse para viver. Mesmo que não estejas comigo, ainda que demores para chegar a casa, eu amo-te, num absurdo contentamento de saber que existes e com uma força imensa de te ver e de te tocar, de voar sobre o teu corpo e aterrar na tua alma.
(...)
Mas um "Marcos loves Vânia 4ever" em spray azul eléctrico num muro branco também tem o seu encanto...