02 agosto 2006

Véspera de quinta-feira.


Vejo-o ao longe, atravessando a linha da estação ferroviária com os seus passos largos e descontraídos, e compreendo, feliz, que os olhos dele me procuram. Traz uma mala grande demais para o que tem dentro e um sorriso doce de croissants com compota. Os lábios proclamam, silenciosos, uma sede de mim, que eu tento saciar com beijos de tempo que por vezes me falta, de remates na areia molhada, de chinelos de dedo e de sandes de porco assado. A minha sede não esmorece; em vez disso, parece aumentar.

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Isso é o AMOR...

10:18 da manhã  
Blogger Cláudia Cunha said...

Olá! Cheguei agora e gostei do teu texto. Um sentimento intenso. Vou continuar... Até já! ;-*

4:50 da tarde  
Blogger SweetMagdalene said...

belas palavras....

4:56 da tarde  
Blogger PMarques said...

:-) Epá! Adorei! Que texto bonito!

5:18 da tarde  
Blogger naoseiquenome usar said...

...E...
E ele chegou perto?

Beijo

10:28 da tarde  
Blogger CoRtO MaLtEsE said...

Como a água fresca, que mata a sede mas não a sacia, assim os teus lábios provocam o desejo de voltar, no instante em que descolam.

12:31 da tarde  
Blogger rafaela said...

Lindo, imagino esse encontro numa estação de comboios, talvez não... mas para mim quem ama, chega de comboio =)

7:53 da tarde  
Blogger croqui said...

essa sede, "tão natural como a sua sede"

11:48 da manhã  
Blogger BR said...

Butterfly: É AMOR!

Cláudia: Obrigada pela visita, até já!

Swettmagdalene: Has death already sang for you?

PMarques: Ai muito obrigada... já me sinto corar!

naoseiquenome usar: Chegou tão perto que lhe sinto o coração bater no lugar do meu.

Querido Corto: Morro de sede!

Rafaela: Quem ama chega definitivamente de comboio... ou de avião... ou de bicicleta.

Croqui: Naturalíssimo.

12:28 da manhã  

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