26 abril 2006

A diferença que faz uma anástrofe

Um bloquinho de descontos em lojas de shopping reza assim:
"10% em carteiras em pele de senhora"
Então e os direitos das senhoras?
Há que tomar consciência de toda a parafernália de questões bioéticas que se colocam: contrabando de carteiras de pele de índia da tribo Tupis da Amazónia, contrafacção de carteiras em pele de senhora, tráfico de pele de senhoras geneticamente modificadas, imitação de pele de Giselle Bundchen, extensão da fabricação de carteiras a sapatos, porta-chaves e afins.
Não existirá ainda organização que defenda as senhoras contra a produção de carteiras em pele de senhora? Não? Basta, temos a obrigação de parar com esta desumanização. Crio, neste momento, o Movimento Opressivo das Carteiras em Pele de Senhora e Derivados.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

hummm... já estou a ouvi-las: "Andreia, nem imaginas... esta estava em saldo!! uma pexincha!!"..." a única coisa?! oh! nem se nota, são umas estriaszinhas de nada! suponho que seria da pele da anca, sabes?! nada que não se esconda se eu tiver sempre o cuidado de virar este lado para fora, não achas?"...

4:12 da tarde  
Blogger BR said...

Cara peixe-de-mar-e-não-de-rio (gosto de água salgada):

Qualquer dia vamos à feira de Espinho e ouvimo-los gritar: "Fregueeeesaaaa! Tudo a 5€: pele de branca, pele de preta, pele morena, pele importada, pele nacional, pele da boa. Venha freguesa! É só escolher."

Abraço,
BR

4:26 da tarde  
Blogger CoRtO MaLtEsE said...

Está aí a moda das estrias, ao género de pele de zebra mas muito mais chique, mais raro.

Os freaks deleitar-se-ão com os bornais em pele do calcanhar, que aguentam anos a fio.

Pessoalmente sou a favor de aumentar a visibilidade da pele de senhora, só não estou certo de que esta seja a melhor maneira...

5:03 da tarde  

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