05 janeiro 2006

Redenção!

Alto! Podem desmobilizar-se as equipas de salvamento. Encontrei-as! As rédeas, quero eu dizer. Estive a arrumar o quarto e elas estavam lá, numa caixa de sapatos, entre cartas, postais e outra papelada. E nem sequer estavam escondidas; estavam pousadas por cima da amálgama de coisas de que se constrói a vida, à espera que eu abrisse a caixa e as visse. Elas sabem que, por vezes, é preciso dar um arranjo à casa, que é como quem diz à alma e separar o que não tem conserto, do que é reciclável e, ainda, daquilo que pensamos que não servia para nada e afinal não serve mesmo. Muitas vezes, é preciso enchermos sacos até cima, de pensamentos inúteis, rancores, frustrações e futilidades, para criar espaço para o que tem verdadeira importância. E, de mansinho, as rédeas entregam-se às nossas mãos, quase como se nunca de lá tivessem saído e começamos de novo a encaminhar a vida para onde queremos que ela se dirija, com percalços e paragens, até, num dia cinzento, esquecermos o guarda-chuva noutro sítio qualquer.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Hallo!
No meu tempo, tinhamos um caderninho preto, onde destilávamos oa nossas alegrias tristezas e afins... Nos tempos modernos, mostramos os nossos pensamentos mais profundos à WWW...

De qualquer maneira digo a quem quiser "ouvir": -"Por favor não percam o vosso guarda chuva muitas vezes"... Se não somos nós a tomar as rédeas da nossa vida, quem o fará por nós... Ás vezes deixamos as pessoas erradas fazê-lo e outras vezes deixamos a vida andar por aí sem rumo. Nenhuma das duas hipóteses é aceitável. Portanto, descubram a vossa força interior, levantem a cabeça e rumem em frente, mesmo que batam com a cabeça algumas vezes, qualquer coisa é melhor do que "deixar andar" ou "andar por andar".

6:28 da tarde  

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